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Segundo dia de apresentações traz espetáculos na Praça Deodoro, no foyer e no palco
Programação é toda gratuita e começa às 17h, desta terça (16)
Seguindo com os espetáculos em comemoração aos 111 anos do Teatro Deodoro, promovidos pela Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal), com co-realização do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), a terça-feira (16) está com a programação recheada, começando às 17h, com o espetáculo “Beleza, Cheguei Agora!, da CIA Lacasa. Com direção de Abides Oliveira, entram em cena Ane Oliva, Gelly Silva, Gi Silva, Tiago Costa, Abides Oliveira e Toni Edson.
O espetáculo apresenta um embate entre a modernidade e a tradição, que é o tema central do espetáculo, em uma homenagem à cultura popular e às mestras e mestres de Alagoas. Um cortejo em pernas de pau invade o espaço e está iniciada a jornada. Ornados com a força da musicalidade de seus folguedos, mestras e mestres voltam à terra para tirar satisfação com uma tal de “Dona Tecnologia”, que ameaça de extinção a cultura popular. A partir desse mote, descobertas, reviravoltas e lembranças são trazidas para enriquecer esse caldo alegre, bem humorado e vibrante que é o espetáculo. E os mestres e mestras só tinham três jeitos de descer à terra, é preciso presenciar para descobrir.
“É uma satisfação, uma felicidade estar na programação dos 111 anos do Teatro Deodoro, a casa mais importante da cultura alagoana. Queremos agradecer por fazer parte desta comemoração com Beleza, Cheguei Agora! Não percam a programação, vamos celebrar”, falaram Gi Silva e Abides Oliveira, atores da CIA Lacasa.
Em seguida, às 19h, no foyer do Teatro Deodoro, é a vez do Monólogo Manifesto – No Peito da Maldade, Coração não Bate, com Silvio Leal, em homenagem a Acioli Filho, poema de Ricardo Guima.
“Sempre uma alegria imensa comemorar mais um ano dessa casa tão importante e significativa para a cultura do nosso estado. Fazer parte, então, é melhor ainda. Estarei presente com uma performance, algo curto, mas muito significativo. Um manifesto escrito pelo Ricardo Guima que quis homenagear o Acioli Filho. Pedi para o Guima algo que denunciasse esse panorama de violência e morte que há décadas vem assustando a população LGBTQIAP+, não só em Alagoas, como no país inteiro. Achei linda a homenagem do Ricardo ao Loli. “No Peito da Maldade Coração Não Bate” é também uma espécie de oração, um pedido de esperança, paz e respeito às diferenças. Estamos precisando e muito de paz e amor!”, afirmou Silvio Leal.
Encerrando a programação do dia, às 20h, a CIA Nêga Fulô trará para o palco do Teatro Deodoro a peça “O que quer uma mulher?”, com a história de uma personagem que luta para desvendar o mundo que a cerca. Focando em etapas que são fundamentais na vida de qualquer pessoa, a peça recorta um período que vai dos 30 aos 50 anos de idade da protagonista. A entrada é gratuita e os ingressos podem ser garantidos antecipadamente pelo link: https://www.sympla.com.br/
Em diálogo aberto consigo mesma e com a plateia, ela estabelece comunicação com o passado, presente e futuro, refletindo sobre questões ligadas ao gênero, à sexualidade, à maternidade, à ética, à educação e à cultura. Em uma encenação ágil e despojada, o espetáculo apresenta uma multiplicidade de interpretações; ora poéticas, ora contundentes; às vezes confessionais e, em outros momentos, inteiramente efusivas.
“Esse texto foi um presente em vários sentidos para mim. Como atriz, por eu já estar em um momento em que me sinto pronta para fazer um monólogo, embora eu adore espetáculos com elencos grandes, acho que temos que passar por essa experiência. Quando a Lêda Almeida me convidou, ela disse que escreveu o texto pensando em mim, o que é outro presente. E tem também o fato de o texto ser tão pertinente a experiências próprias e deixar isso bem explícito”, explica a atriz Diva Gonçalves.
A peça é datada apenas no sentido de ter um período de vida da personagem, começando por volta de meados dos anos 70 até os dias atuais, mas esse é o único elemento que impõe tempo, já que a personagem precisa ter uma idade e avançar ao longo dos anos, mas a discussão é atemporal.
Diva ainda conta que é um privilégio enorme estar no Teatro Deodoro e ter sido convidada para a comemoração dos 111 anos, principalmente saindo de uma pandemia e vendo que o público pode voltar para o teatro. “Quando você chega no teatro, entende como isso fazia falta e como é importante na sua e na vida das pessoas, é uma felicidade só! Eu costumava dizer que o teatro era a minha casa, mas não, o teatro é a casa de todos os artistas e, no momento que chegamos em nossa casa, é uma realização tão intensa que não tem como explicar”, finaliza a atriz.
Fonte: Ascom Diteal/Hannah Copertino
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