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Secretário de Gestão vai ser ouvido na ALE sobre fraudes em concursos de Alagoas
Ida de Fabrício Marques Santos à Casa de Tavares Bastos deve acontecer até o fim do mês
A Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) vai convidar o secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Fabrício Marques Santos, para dar explicações acerca do cancelamento dos concursos da Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC) e Corpo de Bombeiros Militar (CBM) de Alagoas, todos por suspeita de fraude. A ida do secretário à Casa de Tavares Bastos deve acontecer até o fim do mês.
O convite será oficializado pelos integrantes da 8ª Comissão de Fiscalização e Controle da ALE, que tem como uma das atribuições a fiscalização dos atos de gestão administrativa do Poder Executivo, quando se tratar da administração direta. Os deputados disseram, na sessão ordinária desta quarta-feira (10), que estão articulando com a Seplag o melhor dia para que Fabrício Marques preste os devidos esclarecimentos.
O chamado ao secretário se confunde com um requerimento apresentado pelo deputado estadual Davi Maia (DEM), já lido em plenário, com a mesma finalidade. No pedido, o parlamentar justifica que o gestor precisa esclarecer à sociedade quais as providências serão adotadas pelo Governo de Alagoas para evitar irregularidades na aplicação das novas provas dos processos seletivos que foram cancelados.
Ele também quer saber de Fabrício Marques explicações oficiais do Estado sobre a imposição de uma cláusula de barreira no edital do concurso da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), alvo de reações contrárias por candidatos que foram aprovados no exame, mas não se classificaram dentro do número de vagas.
Os inscritos nesta condição criaram um movimento nas redes sociais e tentam excluir este obstáculo, sob a alegação de que o quantitativo de vagas ofertadas no edital da pasta é inferior ao número de funcionários precarizados. De acordo com Davi Maia, 5.420 trabalhadores são contratados e só 2.247 vagas para preenchimento do quadro efetivo foram disponibilizadas no concurso. A famigerada cláusula de barreira elimina os candidatos aprovados como excedentes ao número de vagas disponibilizadas por cargo.
“Diante disso, como se sabe, os candidatos que participaram desses concursos permanecem com diversas dúvidas e questionamentos sobre a segurança e a organização dos certames da área policial, bem como sobre a necessidade de um cadastro de reserva no concurso da Sesau/AL”, destacou Davi Maia.
Ele informou que o secretário, por estar na pasta responsável pela contratação da banca examinadora, é detentor de todas as informações que tratem da realização dos concursos no âmbito do Estado de Alagoas. “Queremos saber dele se as providências que o governo está adotando são suficientes para evitar informes e comprovações de fraudes nas provas que deverão ser aplicadas em janeiro”, acrescentou.
Fabrício Marques foi até as redes sociais, há duas semanas, para informar sobre o cancelamento dos concursos da PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. O motivo alegado é que não se tinha como separar os que cometeram irregularidades e os que estavam isentos do crime. Candidatos do concurso dos Bombeiros protocolaram, no Ministério Público, um documento em que autorizam a quebra dos próprios sigilos bancário e telefônico, para que se possa avançar nas etapas do certame.
Fonte: Gazetaweb