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Black Friday deverá ser mais forte em supermercados

Black Friday de 2021 deverá ser marcada pela compra de itens de primeira necessidade

08/11/2021 06h06
Black Friday deverá ser mais forte em supermercados
Black Friday de 2021 deverá ser marcada pela compra de itens de primeira necessidade - Foto: DR

Saem os smartphones, entram os supermercados. Diante da crise econômica que o Brasil atravessa, economistas avaliam que a Black Friday de 2021 deverá ser marcada pela compra de itens de primeira necessidade, como alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal. A situação é diferente do que ocorreu em anos anteriores, quando os consumidores aproveitavam a data para comprar itens mais caros, especialmente os importados, como celulares e eletrônicos em geral.

A economista Cristina Helena Pinto de Mello, professora da PUC-SP, explica que a inflação -que está em 10,25% no acumulado de 12 meses- é um dos fatores que podem fazer com que a Black Friday deste ano seja menos atrativa, já que reduz o poder de compra da população. A falta de perspectiva de melhora da economia e a incerteza também devem provocar uma contração nos gastos, afirma.

"Esse cenário atual me faz pensar que as pessoas tendem a comprar mais o essencial. Hoje vendem até detergente na Black Friday." Na opinião dela, essa busca pelos produtos de primeira necessidade pode ajudar a fazer com que o comércio tenha resultados próximos aos registrados no ano passado.

"Não vai ser a Black Friday do smartphone, como já vimos em outros anos. Mesmo que os comerciantes tirem ou mesmo reduzam as margens de lucro, o custo do produto em si está muito alto", avalia a economista Juliana Inhasz, professora do Insper. A alta do dólar é outro fator que deve fazer com que a procura por eletrônicos diminua.

Fonte: Gazetaweb

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