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Moradora do Pinheiro relata ter sentido tremor de terra: 'Televisão e a cama balançaram'
O abalo sísmico detectado pela Defesa Civil de Maceió a cerca de 200 metros de profundidade no bairro do Mutange, na manhã desta sexta-feira, 5, também foi sentido por moradores de um condomínio no Pinheiro. O relato é da fotógrafa Andréa Guido, 51 anos, que reside no Morada das Árvores, localizado na antiga Avenida Belo Horizonte, a poucos metros d a Avenida Fernandes Lima, na altura do quartel do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado.
"Moro aqui há quase 40 anos. Hoje, por volta de 11h30, eu estava no trabalho, no bairro da Gruta, e minha filha ligou dizendo que a televisão tinha balançado. A TV fica num suporte, e ela também tinha sentido a cama balançar. Ela disse: 'Mainha, pareceu até que eu estava tendo uma crise de labirintite'. Ela ficou meio zonza. Em seguida, eu vim correndo para casa, meus pais moram aqui também. Fui direto na Defesa Civil. Lá eu falei com uma moça, ela me disse que a priori não tinham sentido nada, mas que as equipes já estavam nas ruas verificando o que tinha acontecido, assim como estavam verificando os sismógrafos", relatou Andréa ao TNH1. Ouça o áudio completo abaixo.
"Depois que minha filha ligou, eu entrei no grupo dos moradores, foi quando começaram a surgir os relatos: 'Minha gente, vocês sentiram esse abalo?'. As pessoas começaram a relatar: 'Aqui no bloco 2, bloco 1, bloco 7, bloco 8'. Gente que estava sentado em cadeira e sentiu a cadeira balançar duas vezes. Foram esses relatos, de que foi um tremor por volta das 11h30, foi muito rápido, não demorou muito, mas as pessoas sentiram, as pessoas ficaram com medo", contou.
De acordo com a Defesa Civil, o abalo durou cerca de 12 segundos. "O mais importante é que não há nenhum reporte de pessoas feridas. Estamos em contato com a Braskem para reforçar o monitoramento do local. Equipes de brigadistas da Defesa Civil realizam rondas na região próxima ao local do tremor. A Defesa Civil manterá a população informada sobre a ocorrência", informou o órgão.
"A única coisa que eu quero é ter segurança em morar aqui! Não quero sair da minha casa!", desabafou a fotógrafa. "Aqui não estamos no mapa de monitoramento e nem no mapa de desocupação. Mas eu não quero sair do meu prédio, eu quero ter segurança para morar aqui. A gente fica com medo, fica apavorado. Quando chove muito, a gente fica com medo. Quando tem qualquer estrondo de madrugada, a gente fica com medo. Quando acontece esse tipo de coisa, a gente fica naquela insegurança: Poxa, o que está acontecendo? Eu moro aqui há bastante tempo e amo o lugar onde eu moro. E sinceramente não quero pensar em ter que sair daqui e acontecer essa agonia que está acontecendo com um monte de gente por aqui no bairro, de sair de um local como esse e ir morar longe, ficar morando de aluguel, receber aluguel social. Eu não quero isso, eu quero ter segurança do lugar onde eu moro".
Fonte: TNH1