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País perderá 166 mil empregos com energia mais cara neste ano, diz CNI
De acordo com a análise, o consumo das famílias será reduzido em R$ 7 bilhões. Entidade vê perda de R$ 8,2 bilhões no PIB deste ano
O aumento no preço da energia elétrica resultará em uma queda de R$ 8,2 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, neste ano, em comparação com o que ocorreria sem a crise hídrica. Para 2022, a previsão é de perda de R$ 14,2 bilhões. A informação é apontada pelo estudo “Impacto econômico do aumento no preço da energia elétrica”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta quarta-feira (2/11).
De acordo com a análise, o consumo das famílias será reduzido em R$ 7 bilhões, as exportações terão perdas equivalentes a R$ 2,9 bilhões, e o impacto no emprego será de menos 166 mil postos de trabalho.
Os dados também mostram que, em 2021, o PIB industrial, que inclui indústrias extrativa e de transformação, serviços industriais de utilidade pública e a construção, deve enxugar em R$ 2,2 bilhões.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, lembra que a crise hídrica é provocada pelo baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o que limita a produção de energia mais barata, e obriga o uso das termoelétricas, que são mais caras.
Porém, segundo a confederação, antes mesmo da crise hídrica, o custo da energia elétrica já era um dos principais entraves ao aumento da competitividade da indústria brasileira. No ranking do estudo Competitividade Brasil 2019-2020, elaborado pela CNI, o Brasil aparece na última posição, entre 18 países, no fator Infraestrutura de Energia, devido ao custo elevado da energia elétrica e à baixa qualidade no fornecimento.
“O alto custo dos impostos e dos encargos setoriais e os erros regulatórios tornaram a energia elétrica paga pela indústria uma das mais caras do mundo, o que nos preocupa muito, pois a energia elétrica é um dos principais insumos da indústria brasileira. Essa elevação do custo de geração de energia é repassada aos consumidores, com impactos bastante negativos sobre a economia”, avalia Robson Braga de Andrade.
Fonte: Metropóles