Notícias

“Apoio da tropa foi o que me deu forças”, conta guarda municipal ao vencer o câncer de mama

Valdirene Gomes e Aparecida Felix foram diagnosticadas com a doença em 2018

29/10/2021 18h06 - Atualizado em 29/10/2021 18h06
“Apoio da tropa foi o que me deu forças”, conta guarda municipal ao vencer o câncer de mama
A guarda municipal Valdirene Gomes passou por duas cirurgias antes de retirar a mama. - Foto: Alberto Jorge/Ascom Semscs

“O que me deu ainda mais forças para conseguir superar o câncer foi continuar trabalhando na Guarda Municipal de Maceió”. Esse o relato é da agente Valdirene Gomes, de 51 anos, sendo 23 deles dedicados ao serviço de segurança da capital alagoana. “Quando recebi o diagnóstico, fiquei bastante surpresa, mas não me desesperei. Continuei trabalhando e contei apenas para alguns amigos de farda. O que recebi foi muito companheirismo e apoio”, lembra.

A guarda municipal foi diagnosticada com câncer de mama em 2018, mas demorou para iniciar o tratamento e precisou passar por três cirurgias, além de sessões de radioterapia. Foram dois procedimentos cirúrgicos para a retirada de dois nódulos malignos e a mastectomia para a retirada completa da mama. “Eu só contei para poucas pessoas da Guarda Municipal quando comecei o tratamento, praticamente um ano depois da descoberta, e depois de fazer a terceira cirurgia”, disse a agente de segurança.

“Muitos só souberam que eu estava doente depois de ter vencido o câncer e ficaram impressionados, porque durante todo o período eu continuei trabalhando e sempre com um sorriso no rosto. O meu trabalho e minha fé em Deus me deram as forças necessárias para essa batalha”, finalizou Valdirene.

A Guarda Municipal de Maceió também tem mais um exemplo de superação e de luta contra o câncer de mama com Aparecida Felix, de 52 anos. Servidora há 25 anos, ela também recebeu o diagnóstico da doença em 2018 e, cerca de um mês após a confirmação do tumor maligno na mama, fez a mastectomia.

“Foi um choque ouvir que estava com câncer, chorei sem parar, não consegui entender o que estavam me falando. A minha reação foi tão intensa, pois passei três anos mostrando para um médico exames que detectaram dois nódulos e ele afirmava que não era nada”, relata Aparecida. “Quando fui buscar uma segunda opinião, que pediu uma biópsia, o resultado foi o tumor maligno. Por ele ter crescido muito rápido, a mastectomia foi realizada pouco tempo depois do diagnóstico”, contou.

O apoio que teve na família, a ajuda dos quatro filhos e a fé, foram determinantes para que a agente de segurança conseguisse se recuperar da cirurgia e suportasse as sessões de quimioterapia. Aparecida Felix deixa um recado para todas as mulheres que estão passando pelo mesmo problema que ela enfrentou e venceu: “Se agarrem na esperança, jamais devemos perder as esperanças, enquanto estamos otimistas, a doença não nos vence”.

Dados


O câncer de mama é o que mais acomete e o que mais mata as mulheres no país. Somente no ano passado, foram diagnosticadas 66.280 novas mulheres com a doença, de acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em Alagoas, 620 mulheres descobriram a doença em 2020, sendo 290 pacientes em Maceió.








João Victor Barroso/Ascom Semscs