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Professor de escola em Rio Largo é suspeito de assédio e abuso sexual contra menores

De acordo com Associação AME, crimes estariam sendo praticados há cerca de 10 anos, dentro da unidade de ensino

30/09/2021 09h09 - Atualizado em 30/09/2021 09h09
Professor de escola em Rio Largo é suspeito de assédio e abuso sexual contra menores
Suposta vítima criou perfil fake para denunciar os abusos cometidos - Foto: REPRODUÇÃO

O professor de uma escola particular do município de Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió, está sendo alvo de denúncias por assédio e abuso sexual contra várias crianças. Os relatos dão conta de que estes crimes estariam sendo praticados há cerca de 10 anos, dentro da unidade de ensino. O suspeito e mais um funcionário, que também está sendo envolvido, foram afastados das funções.

O caso já foi levado ao conhecimento do Conselho Tutelar e foi denunciado à Associação AME, que ampara mulheres vítimas de violência sexual. Também será relatado à Polícia Civil (PC) e ao Ministério Público de Alagoas (MPAL) para que seja investigado.

De acordo com a presidente da AME, Julia Nunes, uma das possíveis vítimas dos abusos, que tem 12 anos, criou um perfil ‘fake’ nas redes sociais por meio do qual decidiu compartilhar prováveis frases que eram ditas pelo professor. As colegas que se identificaram com o conteúdo começaram a compartilhar o material e a relatar o que haviam sofrido.

Paralelo a isto, um dos pais também procurou a entidade para formalizar a denúncia depois que conversou com a filha em casa. A partir destas denúncias, outras pessoas se apresentaram com a intenção de fazer o mesmo. As vítimas, segundo Julia, teriam entre 11 e 14 anos.

Ela destacou que todos os crimes foram praticados nas dependências da unidade escolar e as pessoas que denunciaram à associação afirmaram que já tinham relatado estes casos à direção, sem que qualquer providência tivesse sido tomada.

E completa que ouviu o relato de uma jovem que diz ter sido violentada por este professor há cerca de 10 anos. O caso mais recente teria acontecido havia algumas semanas, o que reforça, na opinião de Julia Nunes, que o suspeito continuava agindo de forma indiscriminada.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA ESCOLA

O colégio Agnus Dei informa aos pais e alunos e quem possa interessar que, a diretoria, tão logo tomou conhecimento das denúncias de assédios a estudantes dentro desta instituição de ensino, adotou todas as providências cabíveis e procedimentos administrativos para apurar as responsabilidades.

O professor cujas denúncias recai, foi afastado de suas funções e responde administrativamente as acusações que lhe foram imputadas, assegurando os princípios legais do contraditório, da ampla defesa e presunção de inocência. Um segundo funcionário também objeto de denúncias, foi devidamente afastado de suas funções para apuração dos fatos.

É um momento muito difícil para a instituição que está sendo alvo de “fake news”, no entanto, salientamos que todas as medidas legais já estão sendo tomadas pelo nosso departamento jurídico e, os culpados (a) que estão disseminando notícias falsas, visando unicamente a aupopromoção, engajamento e seguidores nas redes sociais, serão devidamente responsabilizados(a).

Afirmamos que, casos de assédio não serão tolerados de forma alguma nesta instituição. Asseguramos que todo relato de assédio a estudantes será apurado e as denúncias poderão ser formalizadas através de um canal criado especialmente para esse fim, oportunizando as vítimas relatar o possível assédio ocorrido, de forma segura.

A instituição está à disposição para acolher reclamações e denúncias pessoalmente por meio de sua Equipe Gestora e do setor de psicologia, que trabalham em colaboração. Destacamos ainda que, está em fase de elaboração uma campanha institucional de enfrentamento ao assédio. A campanha contará com orientações para prevenção, tratamento e responsabilizações a servidores e estudantes.

O colégio Agnus Dei reafirma seu compromisso com os alunos (a) e com toda comunidade em geral, garantindo assim um ensino de qualidade pautado no respeito humano e na integridade física e psicológica dos seus alunos (a).

A instituição repudia veementemente quaisquer práticas que prejudiquem sua função social de educar e desenvolver as pessoas, especialmente as mulheres.

Fonte: Gazetaweb

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