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Sesau vira alvo do Ministério Público após denúncia de acúmulo irregular de cargos
Promotora que investiga o caso pediu informações à pasta, mas foi ignorada pela gestão de Alexandre Ayres
Alvo de um bombardeio diário de acusações, disparado pela Assembleia Legislativa (ALE), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) passou a ser investigada, pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), depois que uma denúncia foi formulada dando conta de que lá são mantidos vários servidores públicos com acúmulo irregular de cargos. Até agora, a gestão da pasta não se explicou sobre a acusação.
A representação neste sentido foi feita recentemente e passou a ser apurada pela 22ª Promotoria de Justiça da Capital, por meio de uma notícia de fato. Ao longo da investigação, a promotora Norma Sueli de Medeiros solicitou informações ao secretário Alexandre Ayres, mas a equipe dele ignorou o requerimento.
Como a notícia de fato tem um prazo regimental de duração, o MPAL foi obrigado a convertê-la em procedimento preparatório. A portaria com a medida instaurada foi publicada na edição desta quinta-feira (23), do Diário Oficial Eletrônico do órgão de controle.
Caso a apuração não avance, a promotora adianta que um inquérito civil pode ser aberto neste sentido ou proposta uma ação civil pública, se a denúncia se configurar em um ilícito. Por outro lado, não sendo constatada nenhuma irregularidade, o processo será arquivado.
Uma série de denúncias contra a gestão Ayres na Saúde tem sido feita por parlamentares. Eles acusam o secretário de utilizar a pasta como benefício político, visando às eleições do ano que vem; de manter funcionários com altos salários e sendo pagos com dinheiro que seria para o enfrentamento da pandemia; de negligenciar a existência de plantões fantasmas; e de manter folhas paralelas de pagamento.
A Sesau tem negado as irregularidades e reafirmado o compromisso com os servidores e com o atendimento à população. Mesmo assim, informou que havia determinado a apuração interna de todos os relatos feitos na Assembleia Legislativa e a instalação de pontos eletrônicos com reconhecimento facial nas unidades de saúde.
Fonte: Gazetaweb