A defesa do jovem de 18 anos suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 4 anos informou, nesta sexta-feira (3), que vai pedir a revogação da prisão. Ele foi preso na tarde da última quarta (1º), após se entregar à polícia, na Central de Flagrantes I, no bairro Farol, e será indiciado por estupro de vulnerável.

Durante depoimento na delegacia, o acusado negou a prática do crime, no entanto confirmou que dormiu na casa da vítima, junto com a namorada, que era a babá da criança. Para o chefe de operações da Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, Alan Barbosa, apesar da negativa, o depoimento da vítima é bastante consistente.

Diante do caso, a delegada Adriana Gusmão, também da Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, o inquérito policial deve ser concluído na próxima semana, quando uma última testemunha será ouvida. Segundo a delegada, mesmo que o exame de corpo de delito não aponte o estupro, o depoimento da vítima será suficiente. “A criança, mesmo, fala que não houve penetração, mas o crime de estupro inclui ter conjunção carnal ou praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, por isso, ele será indiciado."

Em depoimento, a mãe da vítima relatou que morava em Caruaru, em Pernambuco. Quando ia trabalhar, ela deixava a menina com a babá. No último dia 28, o jovem de 18 anos teria entrado na casa da vítima, no bairro Ponta Grossa, na parte baixa de Maceió, e praticado o ato, enquanto a babá teria ido ao mercadinho comprar um chocolate.

"Ele confirmou que entrou na minha casa e que ela ficou com medo. Eu estava trabalhando e ela ficou com a babá. Eu peguei a menina dormindo e deitei pra dormir também; quando acordamos, ela disse que estava doendo o 'pipi' e que o menino botou o dedo com força'. A babá disse que não sabia de nada. Só que a babá disse que viu que ele entrou. Minha filha comentou que ele beijou, mexeu com o dedo, beijou o bumbum. Esse namorado mora ao lado da casa da babá. Ela [a criança] estava com muito medo dele", disse a mãe.

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL) e a Polícia Civil (PC) estão acompanhando o caso. Atualmente, o acusado está no sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.

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