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Ao vivo para Alagoas, Bolsonaro volta a alfinetar Governadores e atribui a inflação à "política do fique em casa"

Em entrevista a rádio alagoana, o presidente da república diz que inflação é resultado da "política do fique em casa"

Por Redação 24/08/2021 19h07 - Atualizado em 24/08/2021 19h07
Ao vivo para Alagoas, Bolsonaro volta a alfinetar Governadores e atribui a inflação à 'política do fique em casa'
Em entrevista a rádio alagoana, Bolsonaro diz que inflação é resultado da "política do fique em casa" - Foto: Internet/Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou a "política do 'fique em casa'" e afirmou que a vacina não será obrigatória a todos os brasileiros, na manhã desta terça-feira (24), em entrevista à Rádio Farol.

Bolsonaro falou sobre o impacto da pandemia na economia, ressaltando o lançamento de programas sociais, como o Auxílio Emergencial, e criticou a "política irresponsável de trancar todo mundo em casa".

O presidente reclamou que "os governadores, em especial o de vocês aí, não quero criticar ninguém especificamente, ignoraram essas pessoas [trabalhadores informais], determinaram que ficassem em casa e tomaram medidas drásticas com suas polícias, algemaram mulheres em praça pública, caçavam surfistas na praia, fechavam o comércio e fizeram barbaridades".

"Praticamente todos os governadores lançaram a campanha do 'fique em casa, a economia a gente via depois'. E depois vimos aquilo que eu considero um abuso, que foram as medidas de lockdown, confinamento, toque de recolher, onde o desemprego subiu assustadoramente em abril [de 2020]", criticou.

Bolsonaro afirmou, ainda, que, devido ao avanço da vacinação da população acima de 18 anos, "estamos na iminência de, via Ministério da Saúde, sugerir que o uso de máscara se torne opcional". Em contrapartida, lamentou que "esse vírus veio e, pelo que tudo indica, não vai embora".

Ele reforçou que a vacina é para "quem for voluntário" e que, no Brasil, ninguém será obrigado a se imunizar contra a Covid-19. A previsão, segundo o presidente, é que a "plena fase de normalidade" chegue ao Brasil em dezembro deste ano.

Bolsonaro voltou a afirmar que a inflação que o país enfrenta hoje em dia é responsabilidade da "política do fique em casa", e falou que a população apoiou as medidas porque era "apavorada pelo coronavírus".

O chefe do Executivo também citou a medida provisória do então deputado federal JHC, que permitia a venda direta do combustível da usina para os postos.

Ele também ressaltou que, durante dois anos e oito meses de seu governo, não foi registrado nenhum caso de corrupção.

"Nós botamos um ponto final na corrupção que havia no Brasil", disse Bolsonaro. "Se aparecer alguma corrupção no governo, seremos os primeiros a ajudar na investigação".

Projetos para Alagoas

Em relação à região Nordeste do Brasil, ele reforçou que seu governo está preocupado em finalizar obras, e citou o Trecho IV do Canal do Sertão Alagoano, que foi entregue em maio deste ano.

Para Alagoas, o presidente citou a duplicação da BR-101, a conclusão da ponte sobre o Rio Jequiá, o viaduto da PRF, a concessão do Aeroporto de Maceió, o arrendamento do terminal do Porto de Maceió e mais de 11 mil unidades habitacionais entregues ao estado.

Bolsonaro também afirmou que mais de R$ 6 bilhões do Auxílio Emergencial foram destinados ao estado, e destacou que o governo federal enviou mais de 3 milhões de doses de vacinas.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, também participou da entrevista e Bolsonaro destacou a iniciativa de criar uma vacina totalmente brasileira.

"Investimos em 15 tecnologias de tecnologias nacionais", reforçou o ministro, destacando que três aguardam liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a fase de testes.

Segundo o ministro, a expectativa é que, ano que vem, o país não precise de vacinas, e irá utilizar apenas nacionais.

Por Alícia Flores - Cada Minuto