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Atlético pode ter Diego Costa como titular e Palmeiras prepara time capaz de construir jogo dentro de casa
Primeira partida das semifinais da Libertadores será duelo de estratégias, entre Cuca e Abel, que já decidiram o torneio de 2020 Gazetaweb com GE
Diego Costa tem treinado como titular. Nem sempre, mas trabalhou assim na segunda-feira, véspera da primeira partida das semifinais da Libertadores. Sem dar para cravar, Diego tem enorme chance de ser titular, porque convence Cuca a cada nova sessão de treinamentos. Como fez com Diego Simeone, em 2011. Um vídeo na internet mostra o treinador argentino lembrando que conversou com Diego Costa em sua chegada e lhe disse que não jogaria, porque já havia três extra-comunitários: "O que foi que eu disse a ele?", perguntava-se Simeone ao ver Diego Costa destruindo em todos os treinos.
Hulk, Nacho e Diego Costa só jogaram juntos por quarenta e dois minutos, durante o segundo tempo da vitória por 1 x 0 sobre o Fluminense. Nacho caiu pela direita, Hulk jogou como ponta-de-lança, por trás de Diego Costa. Exatamente os mesmos posicionamentos adotados com Hulk e Diego Costa contra o Sport. Há dez dias, depois de vencer o Fortaleza, Cuca disse que Diego Costa sabe bem que não veio para ser titular. Mas o placenta de égua -- lembra da final da Champions de 2014? -- convence a cada treino.
Cuca é o grande estrategista, o treinador que melhor explora deficiências dos rivais e, ao mesmo tempo, protege-se das qualidades do adversário. Hoje tem elenco melhor do que o Palmeiras, para quem perdeu a final da Libertadores de 2020, no Maracanã. Por outro lado, Abel Ferreira se incomoda ao ouvir que mexe mal na equipe. É uma das coisas que pode melhorar.
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Mas a maior crítica a Abel, a de só jogar de contra-ataque, não é justa. O Palmeiras tem equilíbrio e tem tentado construir ações ofensivas, com saída de três homens -- Marcos Rocha, Gustavo Gómez e Luan -- dois médios como Danilo e Zé Rafael, amplitude com Wesley pela direita e Piquerez pela esquerda, criação com Dudu e Raphael Veiga.
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Muitas vezes, é um 3-4-2-1. Em outras, 3-2-5 nas movimentações. Claro que há momentos em que a marcação recua para contra-atacar. O Atlético faz o mesmo.
No confronto, há equilíbrio em quase tudo e desequilíbrio apenas no fato de não haver público em São Paulo e, sim, em Belo Horizonte. É o regulamento aceito por todos. Não se discute, porque combinado não sai caro.
Isto exige do Palmeiras ganhar no Allianz Parque. Ou seja, construir o jogo. Isto pode dar opção de velocidade ao Galo, muito veloz também quando atrai o rival. O clássico Palmeiras x Atlético promete ser o melhor duelo tático do país neste segundo semestre.
Fonte: gazetaweb